Dados da PME/IBGE mostram a queda brusca do rendimento médio real no País e o crescimento acelerado do desemprego, conforme mostram os gráficos abaixo (variação de ambos indicadores).
Ressalta-se que a velocidade das respectivas queda e crescimento são muito expressivas.
Os sucessivos aumentos de juros e a contração fiscal dos últimos meses têm contribuído para uma piora muito rápida no mercado de trabalho.
Neste ritmo, é difícil crer – como defende o governo – que o ajuste fiscal proposto irá se traduzir em crescimento no segundo semestre (ou mesmo em 2016): o que os dados mostram são que uma política de ajuste – recessiva – tem tido forte impacto na renda e no emprego, podendo criar também insatisfações nos brasileiros de renda mais baixa, como aponta, em artigo, Marco Aurélio Garcia.
É preciso ter uma porta de saída para o ajuste fiscal, com a retomada dos investimentos públicos e o fim do ciclo de alta de juros, conjugados em uma agenda pró-crescimento que incentive o investimento e mantenha a trajetória positiva do emprego e da renda dos últimos 12 anos.
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