Estudo da Oxfam (confederação global de 17 organizações que lutam pelo fim da desigualdade e da pobreza em 94 países) mostra que, desde o início da crise financeira internacional, mais que dobrou o número de bilionários no mundo e aumentou também a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres: 7 entre 10 pessoas vivem em países nos quais a distância entre ricos e pobres é maior do que era há 30 anos.
A Oxfam calculou que, em 2014, as 85 pessoas mais ricas do planeta tinham uma fortuna igual à soma das posses da metade mais pobre da humanidade. Segundo o documento, essas 85 pessoas viram sua fortuna coletiva crescer US$ 668 milhões ao dia entre 2013 e 2014 ou meio milhão de dólares por minuto.
O gráfico abaixo mostra a evolução dos rendimentos do trabalho no PIB mundial e por grupos de países.
Apesar dos históricos e graves problemas de desigualdade social no Brasil, o país é citado no estudo como exceção, ao ser comparado à tendência que se verifica no mundo, de aumento da desigualdade social, com a utilização do termo Brazilian Dream (sonho brasileiro). Entre os Brics, o Brasil é o único que tem conseguido reduzir a desigualdade.
Para a Oxfam, uma medida que pode ajudar a amenizar o problema da desigualdade é o combate efetivo à sonegação fiscal.
Destacamos que o Brasil não deve cair no discurso do “fundamentalismo de mercado”, que colocaria em risco todos os avanços conquistados e, na verdade, seria a opção contrária em termos de políticas sociais do que tem sido aplicado até aqui e que tem dado bons resultados, como mostra o relatório. Assim, seria necessário aprofundar tais políticas e não negá-las.
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