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Economia obtida com redução de ministérios seria irrisória


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O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, propõe reduzir o número de ministérios pela metade. Isso teria impacto fiscal? Praticamente nulo, aí vão os motivos:

• Os servidores de carreira não serão demitidos, só serão incorporados por outros órgãos;

• As políticas não serão abandonadas, ou seja, o orçamento do ministério seria repassado para outro órgão;

• Os cortes serão em ministérios pequenos, com poucas despesas administrativas, parte das quais será incorporada a outros ministérios;

• O corte efetivo é restrito aos salários dos ministros, eventuais reduções de despesas administrativas e eventuais aluguéis pagos. Se botarmos no papel, a economia mensal não deve chegar ao valor do aeroporto do tio do Aécio.

Ou seja, discutir o número de ministério só faz sentido do ponto de vista gerencial, não fiscal. Deve-se ponderar o dilema entre a agilidade de operar a máquina pública com o número menor de ministros e o eventual déficit de atenção em determinadas áreas, geralmente associadas aos ministérios menores, como os de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Políticas para as Mulheres, entre outros.

Por fim, da forma como está posta, a retórica do corte de ministério é, no fundo, a volta à velha ideologia do Estado mínimo.

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