A economia brasileira é historicamente caracterizada por altos níveis de informalidade, como discutido no Brasil Debate aqui e aqui . No entanto, nos últimos anos, tem havido um movimento de diminuição do setor informal da economia, com um reflexo importante no mercado de trabalho. O gráfico abaixo mostra o avanço da formalidade no mercado de trabalho brasileiro.
A quantidade de empregados com vínculo formal de emprego no País, que se manteve praticamente estável na segunda metade da década de 1990, com a adoção de políticas liberalizantes, tem aumentado de maneira expressiva nos últimos 10 anos.
Estima-se que nesse ano de 2014 chegaremos a 50 milhões de vínculos formais ativos no país, quase metade da População Economicamente Ativa (PEA) no País, estimada em 95.292.505 no ano de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para os trabalhadores brasileiros, isso significa um grande avanço, pois o vínculo formal representa a proteção social e a garantia de direitos, não assegurados no caso das relações informais de trabalho.A Organização Internacional do Trabalho (OIT), inclusive, reconhece os avanços do Brasil nessa matéria e aponta que o Brasil, como discutido em outro artigo aqui no Brasil Debate, em movimento contrário a muitos países (inclusive os ditos desenvolvidos), está expandindo suas redes de proteção social, o que é extremamente positivo.
Para a sociedade brasileira como um todo, isso representa maior arrecadação de impostos, mais justiça social e mais demanda, o que aquece a economia. No entanto, a adoção de políticas recessivas que impactem o crescimento dos empregos alteraria essa dinâmica benéfica que tem modificado características estruturais do mercado de trabalho brasileiro.
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